uma vida baseado em principios

Esta publicação faz parte de um estudo  onde o objetivo é fornecer ferramentas para aquelas pessoas que querem formar seu caráter, firmar seus valores e fortalecer suas virtudes.

Artigo  01

LIBERDADE

Era uma vez um peixe que queria ser livre.
E assim ele viveu por muito tempo. Viajava quando queria, ficava nos locais por muitos dias, ia ás profundezas, ou ás águas rasas. E por muito tempo viveu sua liberdade até que um dia em companhia de umas focas saiu da água.
- Que é isto? Volta para a água! Falou uma foca.
- Por quê? Quero tomar um sol com vocês aqui.
- Isto é loucura! Você vai morrer.
- Morrer nada, eu sou livre, posso fazer o que eu quero.
- Você é louco!Vai morrer.
E teria morrido se as focas não tivessem jogado ele na água.
A partir daquele dia, não pensou em outra coisa a não ser sair da água.
Um dia, em uma praia isolada, ele analisou bem o local e, pegando uma onda bem grande, foi cair bem longe no meio do mato entre umas pedras. “Sou livre!”, foram suas últimas palavras.
Voando por ali estava um urubu, que lá de cima contemplava tudo.
- Que loucura deste peixe. Morrer assim de bobeira.
Mas, o urubu não estava a fim de comida, ele queria voar nas alturas e subia mais e mais.
- É melhor você voltar. Disse a águia, daqui pra cima nem eu consigo ir.
- Eu sou livre e quero voar até as estrelas. E lá se foi o urubu subindo, subindo.
De repente uma vertigem, um desmaio e lá vai o urubu descendo como uma bala em direção a terra. Acordou a tempo de ver a pedra se aproximando, mas sem tempo para a manobra.
O leão que ali estava, olhou para aquela queda radical e para o que sobrou do urubu, mas seus pensamentos estavam na água do mar que se agitava e, mais uma vez, desejou ir às profundezas do mar.
Em um pulo grácil de cima daquele penhasco ele pulou nas águas.
- Que maravilha poder conhecer as profundezas do mar! Foi o último pensamento, antes dele respirar novamente.
Somos seres criados com limitações. Toda a criação está sujeita á suas limitações. Nada, eu repito, nada que existe está livre para fazer tudo e todas as coisas.
Liberdade absoluta não existe. Todos nós, seres criados, somos livres dentro de um limite pré-estabelecido. Se ultrapassarmos estes limites. Sofremos danos. Por isto existem as leis para nos protegerem do perigo que nos cerca.
As leis da física, da química, da moral e outras mais, criam um espaço onde nós podemos ser livres e viver.
Um exemplo: para voar temos de respeitar a lei da gravidade, que nos mantém fixos na terra.
O avião voa porque ele obedece à lei da gravidade e utiliza a lei da sustentação para voar.
Se eu mergulho na apnéia, não sofro dano, pois, meu pulmão retira o oxigênio do ar e não da água, como os peixes.
Que bom seria se fossemos totalmente livres. Mas isto é utopia. É sonho. Somos livres, mas a nossa liberdade é limitada. E as leis existem para nos proteger do perigo que é real. Se ultrapassarmos os limites da nossa liberdade sofremos dano.
Como a estória contada acima, o fato de eu simplesmente ignorar os meus limites não significa que eles desaparecerão, pelo contrário, pelo fato de ignorar meus limites eles se tornarão mais reais ainda.
 Ou seja, se vivo dentro dos limites de minha liberdade, sou plenamente realizado e feliz e posso passar toda a minha vida sem conhecer o perigo. Basta apenas conhecer os meus limites através da lei. Pois a lei existe para me livrar do perigo.
Se, no caminho por onde passo tem uma placa dizendo “cuidado com o buraco”, o aviso é para eu não cair no buraco, para passar longe dele. Se a placa disser “Mirante” então é para subir ali e contemplar toda a beleza. Tenho de interpretar a lei, conhecer a lei, e fazer conforme a lei determina. Quando reconheço os meus limites, me submeto à lei e debaixo da lei, utilizando da própria lei, sou livre. Um bom exemplo disto é voar. Naturalmente o homem não voa, mas, utilizando das leis ele criou os aviões, helicópteros, balões, asa delta e, voa feliz da vida.
Vamos ver agora um exemplo bem prático.
Quero atravessar uma rodovia, e simplesmente eu a atravesso sem olhar para os lados.
- Você é louco de atravessar a rodovia assim! Falam meus colegas.
- Que nada, eu sou livre e atravesso do jeito que eu quero. E tem mais, não fui atropelado.
Veja bem, eu ultrapassei os limites de minha liberdade, colocando a minha vida e a do meu próximo em perigo, quando desrespeitei a lei da preferência pré-estabelecida naquele espaço chamado de rodovia. E na lei de confronto entre eu e uma carreta ocorrerá dano em ambas as partes.
Mas, nada aconteceu. Eu atravessei a rodovia e nada aconteceu.
Este fato é muito importante. Nada aconteceu quando eu ultrapassei os limites da minha liberdade. Isto pode se repetir por várias vezes, até que minha mente se convença que estes limitem não existem.
Aí eu passo a viver uma mentira. Toda vez que vou atravessar uma rua, avenida, rodovia, eu simplesmente me coloco em perigo porque a minha mente já se convenceu que este limite não existe. Mas eles continuam a existir independentes de minha conduta.
Agora se meus colegas, ao me verem atravessar assim e nada acontecer, resolverem fazer o mesmo, os perigos continuam a existir, pois a lei da preferência ainda existe.

Enquanto existir a lei existirá o perigo. Ou obedece a lei ou revoga-se a lei.

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