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Mostrando postagens de junho, 2013

Mesa, local de comunhão.

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O Miguel.

Desde cedo aprendi a conviver com o deficiente físico e intelectual. A minha irmã caçula e uma delas e eu gosto de trabalhar como voluntario na APAE. Mas, pelo que eu me lembre o primeiro deficiente que me marcou foi o Miguel, vou chamá-lo de Miguel, mas não sei se este é realmente o seu nome. Andei perdendo uns arquivo na memória e como não fiz backup, esta informação foi pro “beleleu”. Naquela época o meu pai trabalhava de pedreiro, e quando chegava em casa de tardezinha ia para frente do portão da nossa casa para fazer um pito, pito era um cigarro de palha com fumo de corda, cuja fumaça matava até carrapato.  O Miguel morava em frente e assim que ele via o pai, vinha bater uns dois dedos de prosa. Na verdade ele queria que o pai preparasse um pito para ele. Preparar um pito era uma arte, cortar o fumo, cortar a palha de milho, espalhar o fumo e enrolar delicadamente apertando no ponto certo. E para o Miguel esta coreografia era praticamente impossível de se fazer. O pai era