Cristianismo em uma abordagem racional
Estarei publicando uma série de artigos abordando o Cristianismo do ponto de vista da decisão, do livre arbítrio, da capacidade racional de cada indivíduo.
Primeiro Artigo
Primeiro Artigo
Necessidade e responsabilidade.
Por sermos seres temporais e limitados temos de
assumir responsabilidades diante das nossas necessidades. Um bom exemplo e o
respirar: precisamos inalar e exalar o ar atmosférico para vivermos. Se pararmos de respirar, morremos.
Necessitamos de fazer esta ação, então assumimos a
responsabilidade pelo ato em si, e transformamo-lo em rotina na nossa
existência. Assim como em uma espiral, à medida que vai passando o tempo, vamos
assumindo responsabilidades de acordo com as nossas necessidades. Assim é com o
caminhar, comer, beber, vestir, casar, ter filhos, dirigir carro e etc. algumas
necessidade são obrigatórias, outras opcionais, o respirar e obrigatório, já
ter filho é opcional.
Esta espiral ocorre em todas as áreas e em todo o
tempo de nossa existência.
Por sermos seres Imanentes (relacionamos conosco
mesmo) e ao mesmo tempo somos transcendentes (relacionamos com o que esta fora
de nos) temos necessidades que extrapolam o físico e a matéria. Estas
necessidades também geram responsabilidades que consequentemente gerar
necessidades. É aqui que aparece uma necessidade que é inerente do ser humano;
a existência de um Deus, um ser ou algo que esta acima de nos mesmo e consequentemente supre as nossas necessidades.
A própria história da humanidade confirma esta
busca. Existem infinitas opções para suprir esta necessidade, mas apesar de
infinitas opções eu só posso me relacionar com uma de cada vez. E somente através
de um relacionamento pessoal posso suprir as minhas necessidades, mas, ao me
relacionar com esta opção eu assumo responsabilidades.
Em todas as opções o individuo assumirá como
verdade aquilo que suprirá as suas necessidades, e esta verdade assumida gerará
responsabilidade.
Isto ocorre com o ateu, agnóstico, monoteísta,
politeísta, naturalista e etc.. Todos ao assumirem como verdade tal fato também
assumem a responsabilidade pelo fato na sua própria existência.
Se a pessoa quiser ser maometana, ela tem de assumir
o Alcorão como verdade, se quiser ser cristã tem de assumir a Bíblia como
verdade, e assim por diante.
Falando especificamente da opção Cristã, é
impossível ao indivíduo fazer uma opção ao cristianismo e deixar a bíblia de
fora nesta escolha, pois é ela mesma que explica e testifica da sua veracidade.
Ser cristão sem assumir a bíblia como verdade e padrão de comportamento não
suprirá as necessidades que o levou a esta busca.
As necessidades que tenho me levam a um busca,
quando assumo algo como verdade, eu espero que tal responsabilidade assumida
venha a suprir as minhas necessidades que me levou a esta busca.
No caso especifico do Cristianismo, o raciocínio é
o seguinte: preciso de algo, existe uma necessidade em mim, busco por algo que
preciso para manter a minha existência. Busco na minha Imanência e Transcendência
a solução, a resposta para as minhas necessidades e estou disposto a assumir
responsabilidades para obter este beneficio.
Para o cristão a resposta esta na Bíblia. Então se quero este beneficio
preciso assumir que a mesma é verdade para mim. Verdade para mim. Veja bem,
aqui não está sendo questionado a veracidade da bíblia e, sim se eu assumo que
a mesma é verdade para mim. É uma opção de escolha. Eu decidi aceitar a bíblia
com verdade para mim, pois, espero que com esta responsabilidade assumida eu
possa usufruir dos benefícios da mesma e suprir as minhas necessidades.
Se eu tomo esta atitude, apesar de não ter ainda o
suprimento da minha necessidade já posso abrir a bíblia e buscar no seu conteúdo
a transcendência da mesma que será
verdadeira para mim.
Bom aqui já é assunto para um novo artigo.
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