terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Uma vida baseado em princípios.

Esta publicação faz parte de um estudo  onde o objetivo é fornecer ferramentas para aquelas pessoas que querem formar seu caráter, firmar seus valores e fortalecer suas virtudes.


Artigo  17

AS CINCO CAPACIDADES DA MENTE.

A mente humana possui cinco capacidades totalmente interligadas. É impossível, na prática, você isolar estas capacidades. Elas trabalham juntas e são radicalmente unidas. A esta união chamarei de “EU”. O “EU” nada mais é que estas cinco capacidades em funcionamento, mais as emoções. Tudo isto girando em torno de um eixo, de uma base. Esta base estudaremos posteriormente.
Consciência: Existe na nossa mente um banco de dados que sabe com certeza e clareza o que é certo e errado, o que é viável ou inviável. É na consciência que estão os princípios morais, éticos, de segurança, de necessidades e limitações.  Todo ser humano possui este banco de dados perfeito desde sua concepção.
Imaginação: A nossa mente tem a capacidade de criar um mundo imaginário. É aqui que está todo o poder criativo da raça humana. Tudo que foi e está sendo feito pelo homem, primeiro foi gerado na imaginação. Podemos afirmar com segurança que todos nos vivemos em dois mundos, um físico, palpável, compartilhado e temporal, e outro imaginário, subjetivo, atemporal, não palpável.
Autoconsciência: É a capacidade de analisar a imaginação de acordo com a consciência, e determinar se a mesma é certa, viável, coerente, praticável etc. É a autoconsciência que vai apontar as falhas existentes na imaginação.
Vontade: A vontade é a capacidade que tem mais evidência no nosso pensamento, pois é ela que é responsável por pegar as necessidades e carências do corpo como um todo e levar para a imaginação, ou pegar a imaginação, que foi analisada pela autoconsciência, e ver se a mesma é aplicável no mundo físico. É a vontade que determina o que eu quero.
Decisão: É a capacidade de escolha. É a decisão que assume o risco para trazer para o mundo físico aquilo que foi gerado no mundo imaginário. É a decisão que pondera as imaginações analisadas pela autoconsciência, levando em consideração à vontade, e determina a viabilidade da mesma.
Estas cinco capacidades estão em nossa mente, mas a nossa mente é muito mais, pois tem a nossa história, conhecimento, cultura etc. Compete a estas cinco capacidades processar todas as nossas ações.
A automação e as cinco capacidades.
Vivemos em dois mundos, o físico e o imaginário (a esquizofrenia é quando eu começo a misturar os dois). As decisões ocorrem tanto em um como no outro. Podemos construir duas histórias de nossas vidas; a física e a imaginária. Quando eu construo e transformo um padrão de comportamento em uma ação, ocorre à automatização desta ação. Ela passa a ser efetuada repetida vezes do mesmo jeito. Com esta ação, eu alivio a minha mente para que a mesma possa dedicar a novas ações. Dois exemplos, um, o ato de andar, caminhar (ato físico). Se, tenho de andar, já está predefinido como deve ser meu caminhar, e assim faço. O outro, a amizade (ato imaginário). Quando encontro com um amigo já tenho toda ação definida para amizade. Quando eu automatizo estas ações, elas podem inibir qualquer uma destas cinco capacidades. Quando estas ações automatizadas são benéficas, tudo bem, mas o grande perigo é quando elas são erradas e destrutivas. Aqui aparece a expressão “uma consciência cauterizada”.
Usando estas cinco capacidades podemos construir Virtudes que nos sustentarão por toda a vida.



segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Uma vida baseado em princípios.

Esta publicação faz parte de um estudo  onde o objetivo é fornecer ferramentas para aquelas pessoas que querem formar seu caráter, firmar seus valores e fortalecer suas virtudes.


Artigo  16

VIRTUDE

Virtude é a força moral e intelectual de um indivíduo, a disposição de um indivíduo de praticar o bem, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Todos nós temos virtudes, em menor ou maior grau. As virtudes humanas são perfeições habituais e estáveis da inteligência e da vontade. Elas regulam os atos, ordenam as paixões e guiam a conduta humana segundo a razão e a . Adquiridas e reforçadas por atos moralmente bons e repetidos. Como o exercício físico faz fortalecer o corpo físico, o praticar o bem fortalece a Virtude.  A autoridade fundamentada na Virtude gera vida e frutifica.
A autoridade não fundamentada na virtude, não gera vida e geralmente quando produz fruto, este é fraco e não permanece por muito tempo. A tirania é fruto desta autoridade.
A Virtude é como um suporte, como uma base onde colocamos o peso de nossas decisões. Quanto mais bem fundamentada as nossas virtudes são, maior é a nossa força moral para dizer não para o erro e para praticar o bem.
No ciclo de nossa existência, a nossa Virtude é construída e fortalecida, é ela que será a força que nos conduzirá por um caminho de vida e abundância.
Mas como construímos a nossa Virtude? Usando a nossa própria natureza humana. A nossa razão a nossa mente.
Com nossas capacidades construímos os nossos valores, e com nossos valores, as virtudes.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Uma vida baseado em princípios.

Esta publicação faz parte de um estudo  onde o objetivo é fornecer ferramentas para aquelas pessoas que querem formar seu caráter, firmar seus valores e fortalecer suas virtudes.


Artigo  15

INTERDEPENDÊNCIA

Todo o universo é interdependente, existe uma inter-relação em todo o universo onde um depende do outro. Isto não é diferente com o ser humano. Todo ser humano nasce totalmente dependente. Tem determinadas espécies que quando nascem já possuem  uma ligeira independência. Não é o caso do ser humano, ele é totalmente dependente. É praticamente impossível um ser humano sobreviver sem a presença de outro ser humano. À medida que o Ciclo da maturidade vai passando ele começa a criar independência, a conquistar autonomia de suas ações.
Na idéia contemporânea o ápice, o máximo de nossa maturidade é a independência, mas isto é uma utopia, uma irrealidade, uma impossibilidade, pois, somos seres limitados e dependentes do meio, então, esta ânsia pela independência provoca em nós uma grande frustração.
A verdadeira liberdade, no sentido de realização, é quando atingimos o ápice da nossa interdependência, ou seja, é quando com o nosso trabalho produzimos ações que favorecem o meio como um todo.
Quando um ser procura a sua independência, ele tende a se isolar do meio, e consequentemente a diminuir, a definhar e acabar. Agora, quando um ser procura no seu Ciclo de maturidade criar valores de interdependência e produzir com o seu trabalho, valores que priorizam a interdependência, ocorre um crescimento de todo o meio.A interdependência produz uma reação de potencialização chamada de Sinergismo. O melhor exemplo para explicar é o carro. Se em uma garagem eu colocar todas as peças de um carro, eu não terei um carro. Somente depois que uma peça ficar interdependente das outras, ligada no lugar certo, é que terei um carro. Depois que todas as peças estiverem no lugar certo, eu coloco a gasolina também no lugar certo que é o tanque, sento no lugar certo do motorista, e em uma inter-relação de interdependência eu começo a dirigir o carro.A somatória de todas estas ações fará com que eu consiga atingir uma velocidade muito superior a da minha capacidade física. Isto é Sinergia, onde o todo é maior que a soma das partes.
Toda a humanidade é maior que a somatória de todas as ações individuais.
Então o foco de nossos valores é ser interdependente, crescer e fazer o meio crescer comigo. Fortalecer e fazer o meio se fortalecer comigo. Ai ocorre a Sinergia, e o resultado é muito superior do que a somas dos esforços de todos.
Em uma sociedade, os esforços individuais são potencializados à medida que o número de participantes aumenta.  Esta potencialização ocorre tanto para o lado certo como para o lado errado. Por isto existe uma sensação de que é a sociedade que molda o indivíduo, sendo que na realidade é sempre o contrário. É, em ultima estância, o individuo que molda a sociedade. Aqui entra a Virtude.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Uma vida baseado em princípios

Esta publicação faz parte de um estudo  onde o objetivo é fornecer ferramentas para aquelas pessoas que querem formar seu caráter, firmar seus valores e fortalecer suas virtudes.


Artigo  14

TRABALHO

Preciso de algo: diante desta necessidade cria-se um Valor. Diante deste Valor eu decido fazer algo, uma ação, para que aquele Valor possa suprir a minha necessidade. E esta ação é chamada Trabalho.
Trabalho é qualquer atividade física e ou mental que produz um determinado Valor. Na nossa sociedade capitalista a concepção de trabalho está intimamente ligada à atividade remunerada. Tal concepção é tão forte que se separa lazer do trabalho, quando na realidade ambos são  trabalho visando um determinado Valor. Toda atividade que produzimos é em ultima instância, trabalho. Pentear cabelo, escovar dente, pensar nas atividades, tudo é trabalho.
Por incrível que pareça, até o próprio descanso é um tipo de trabalho. O descanso é um trabalho visando à saúde do corpo em relação a uma atividade especifica.
 O nosso corpo é limitado e toda atividade exercida por ele precisa de um período de descanso. Jogo bola e ao mesmo tempo descanso do escritório. Não estou fazendo nada, então o meu trabalho é deixar o corpo em repouso, mesmo isto cansa o corpo e depois de um tempo tenho demudar de atividade. Somos limitados.
Fazendo um pequeno resumo podemos dizer: somos seres temporais e limitados, e dentro de nossa liberdade limitada pela lei, temos necessidades. Estas necessidades geram dentro de nós Valores. Estes nos impulsionam a assumir responsabilidades. A responsabilidade nos leva a executar um determinado trabalho, produzindo este Valor. Esta ação em cadeia gera ações que, serão usadas de forma continua por toda vida. Este ciclo, que se repete sempre, é chamado de Ciclo da maturidade ou  Ciclo da vida. Neste ciclo surge um ingrediente muito importante: a interdependência do ser humano.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Uma vida baseado em princípios.

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Artigo  13

RESPONSABILIDADE

No ciclo da vida que chamamos de espiral, ocorre a seguinte sequência de fatos:
Somos seres temporais e limitados, que possuem necessidades. Estas necessidades serão supridas pelo meio ou por outras pessoas. Este suprimento passará sempre pelos princípios da liberdade limitada, estando sempre sujeito ás leis. Só participo deste beneficio quando assumo a responsabilidade, e em obediência á lei, executo a atividade que me gera beneficio, que é um valor pra mim.
Vamos a um exemplo: quando uma criança nasce, ela não sabe andar, consequentemente a sua locomoção é limitada e deficiente. Com o passar dos dias, ela é impelida pela necessidade a aprender a caminhar. Consequentemente, assume a responsabilidade pelos seus atos e de um modo contínuo, vai acumulando informações e ensinando o seu corpo a obedecer várias leis (a da gravidade, do equilíbrio, do atrito, do bom senso etc.) e, como resultado, ganha autonomia no caminhar.
As nossas necessidades nos levam a definir valores, a assumir responsabilidades visando a obter o beneficio, ou seja, o Valor.
Se responsabilidade é a qualidade daquele que responde por seus próprios atos, quanto mais ato pratica, mais responsabilidade assume. Então, se assumo responsabilidade por meus atos visando obter um valor, e não obedeço às leis deste ato em si, sou chamado de irresponsável.
Vamos a um exemplo:
Três rapazes moram no mesmo quarto. Um tem um emprego que começa ás sete, o outro ás nove, e o outro está desempregado. Um dia o desempregado acorda às dez horas e verifica que os outros dois estão dormindo ainda.  - Vocês são uns irresponsáveis, diz ele acordando os dois.
Apesar de parecer agressivo esta afirmação, ela está certa, pois o desempregado não pode ser acusado de irresponsável em relação ao horário, pois não assumiu nenhum compromisso. Ele pode até ser irresponsável em outras coisas, mas, no que diz quanto ao acordar tarde, não é.
Somos seres indesculpáveis, pois só fazemos o que queremos, consequentemente, assumimos as consequências de nossos atos. Isto é responsabilidade.
Querer ter um benefício sem assumir a responsabilidade é uma desobediência das leis que delimitam a nossa liberdade. Quando desobedeço estas leis eu sofro dano.

Uma vida baseado em princípios.

Esta publicação faz parte de um estudo  onde o objetivo é fornecer ferramentas para aquelas pessoas que querem formar seu caráter, firmar s...