segunda-feira, 24 de março de 2014

Cristianismo em uma abordagem racional

Estarei publicando uma série de artigos abordando o Cristianismo do ponto de vista da decisão, do livre arbítrio, da capacidade racional de cada indivíduo.


Quinto artigo.




Arrependimento e a Razão

                  A melhor definição para arrependimento, a mais aceita, é aquela que diz: Tristeza pelo erro cometido e desejo de não cometer mais, acompanhado de disposição para, dentro do possível, reparar o dano produzido. Então não há muito que se discutir quanto ao significado de arrependimento. Se você tem consciência que cometeu um ato (real ou imaginário) errado, sabe que com aquele ato provocou dano em outrem e sinceramente deseja não cometer mais tal coisa e se depender de ti os danos causados serão reparados. Então eu posso afirmar que você esta arrependido. O grande problema, a grande dificuldade está em identificar a origem do arrependimento. Pois existem duas fontes geradoras de arrependimento (neste ponto quero partir do principio que o arrependimento é verdadeiro e sincero) uma carnal, gerado lá na mente, fruto do exercício das cinco capacidades mentais estudado no artigo anterior e o outro um presente de Deus gerado no coração de Deus e te dado como um presente.
                Lembra que quando você abriu a bíblia pela primeira vez estava buscando nela o suprimento, a solução para uma necessidade. Considerando a mesma como verdade pessoal descobriu a Fé que é a convicção, a certeza. A Fé está gerando em você uma convicção, e esta convicção esta produzindo uma transformação interior. Esta transformação nada mais é que o resgate divino sendo efetuado, você esta sendo resgatado, redimido, liberto de um cativeiro (este assunto abordaremos posteriormente) e esta iniciando um relacionamento intimo com Deus.
                 Vejamos o que diz Romanos 2:4 “Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?” quando iniciamos uma busca na bíblia não somente encontramos diretrizes e orientações, mas encontramos o próprio Deus em pessoa.
             Em 2corintios 7:10 diz “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.” Lembra que eu falei acerca de duas fontes de arrependimento sincero. Se o arrependimento gerado dentro de nos, apesar de ser sincero, for fruto de nossas capacidades mentais, infelizmente ele não produzirá resultados permanentes e fatalmente cairemos no mesmo erro no futuro. Porque isto ocorre? Porque é a nossa própria natureza que cometeu o erro e ela esta subjugada pela condenação do erro. Em  João 8:34 está escrito “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado.” Por isto é impossível ao homem gerar arrependimento permanente por si mesmo.
                   Aqui mais uma vez voltamos a Fé. Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verá a glória de Deus? João 11:40.  Sendo a Fé a certeza, a convicção de algo que não se vê, é necessário ter convicção de que o arrependimento divino nascerá em seu coração, apesar de parecer loucura, 1 Coríntios 1:23 ele produzirá frutos para a eternidade. Pois, o pecado não terá domínio sobre este arrependimento que foi gerado pelo seu relacionamento com Deus.
             Recapitulando:
             Usando as cinco capacidades mentais todo ser humano pode arrepender-se de erros cometidos. Porem tal arrependimento tem pouca força e em algum ponto de sua existência futura ele cederá à força do pecado e cairá no mesmo erro. Tal erro gerará novo arrependimento e o ciclo se repete indefinidamente.
              Baseado na Fé todo ser humano pode usufruir do Arrependimento como um presente de Deus, fruto de um relacionamento continuo com o mesmo. Tal presente permanecerá eternamente em nos e produzirá frutos para toda a vida.
Como em uma espiral ascendente o ciclo “fé, relacionamento e arrependimento” torna-se um padrão de vida. Mas isto já é assunto para outro artigo.

terça-feira, 18 de março de 2014

Cristianismo em uma abordagem racional

Estarei publicando uma série de artigos abordando o Cristianismo do ponto de vista da decisão, do livre arbítrio, da capacidade racional de cada indivíduo.


Quarto artigo.



                                                                   Dissecação da mente.

               Neste artigo deveríamos estudar acerca do Arrependimento, pois, a decisão tomada até aqui me levou a uma experiência (fé) e a mesma esta me conduzindo a uma decisão, o Arrependimento.
               Antes porem, quero fazer um estudo teórico a respeito da nossa mente, pois creio que tal entendimento será útil na nossa vida diária.
              A mente humana possui cinco capacidades totalmente interligadas. é  impossível na pratica você isolar estas capacidades, elas trabalham juntas e radicalmente unidas. Esta união chamarei de “EU”, o “EU” nada mais é que estas cinco capacidades em funcionamento.
1.       Consciência: existe na nossa mente um banco de dados que sabe com certeza e clareza o que é certo e errado, o que é viável ou inviável. É na consciência que estão os princípios morais, éticos, de segurança, de necessidades e limitações.  Todo ser humano possui este banco de dado perfeito desde sua concepção.
2.       Imaginação: a nossa mente tem a capacidade de criar um mundo imaginário. É aqui que está todo o poder criativo da raça humana. Tudo que foi e está sendo feito pelo homem, primeiro foi gerado na imaginação. Podemos afirmar com segurança que todos nos vivemos em dois mundos: um físico, palpável, compartilhado, temporal e outro imaginário, subjetivo, atemporal, não palpável.
3.       Autoconsciência: é a capacidade que analisar a imaginação de acordo com a consciência e determinar se a mesma é certa, viável, coerente, praticável etc. é a autoconsciência que vai apontar as falhas existentes na imaginação.
4.       Vontade: A vontade é a capacidade que tem mais evidencia no nosso pensamento, pois é ela que é responsável de pegar a as necessidades e carências do corpo como um todo e levar para a imaginação ou pegar a imaginação que foi analisada pela autoconsciência e ver se a mesma é aplicável no mundo físico. É a vontade que determina o que eu quero.
5.       Decisão: é a capacidade de escolha, é a decisão que assume o risco para trazer para o mundo físico aquilo que foi gerado no mundo imaginário, é a decisão que pondera as imaginações analisadas pela autoconsciência e levando em consideração a vontade determina a viabilidade da mesma.
           Estas cinco capacidades estão em nossa mente, mas a nossa mente é muito mais, tem a nossa historia, conhecimento, cultura etc., mas compete a estas cinco capacidades processar todas as nossas ações.
           A automação e as cinco capacidades:
           Como citei anteriormente vivemos em dois mundos, o físico e o imaginário (a esquizofrenia é quando eu começo a misturar os dois) e as decisões ocorrem tanto em um como no outro. Podemos construir duas histórias de nossas vidas; a física e a imaginária. Quando eu construo e transformo em um padrão de comportamento uma ação ocorre a automatização desta ação e ela passa a ser efetuada repetida vezes do mesmo jeito. Com esta ação eu alivio a minha mente para que a mesma possa dedicar a novas ações Dois exemplos: o ato de andar caminhar (ato físico) e pensamento de segurança (imaginário). Quando eu automatizo estas ações elas podem inibir qualquer uma destas capacidades. Quando estas ações automatizadas são benéfica tudo bem, mas o grande perigo é quando elas são erradas e destrutivas. Aqui aparece a expressão “uma consciência cauterizada”.
É aqui que vai entrar o arrependimento. Assunto que abordaremos a seguir.


 


Uma vida baseado em princípios.

Esta publicação faz parte de um estudo  onde o objetivo é fornecer ferramentas para aquelas pessoas que querem formar seu caráter, firmar s...